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Vinícola Fazenda Santa Rita agora é Lemos de Almeida


Nos Campos de Cima da Serra, na cidade de Muitos Capões – distante cerca de 160 quilômetros de Bento Gonçalves - está localizada uma das vinícolas mais bonitas do Brasil. E não é só a beleza do prédio e dos vinhedos que o circundam. Uma encantadora Vila Açoriana completa o cenário. É a Vinícola Lemos de Almeida, que desde 2005 era conhecida como Fazenda Santa Rita e agora passa a se chamar Vinícola Lemos de Almeida. A mudança no nome tem como objetivo diferenciar os negócios da família, que também é produtora de grãos na região. Fazenda Santa Rita continua sendo o nome da propriedade na qual a vinícola está instalada. Na foto acima, o diretor, Agamenon Lemos de Almeida e a filha Bibiana).

A troca no nome também vem para celebrar um momento importante vivido pela empresa. Os investimentos feitos em enoturismo, principalmente dando ênfase para a arte e cultura açoriana e o vinho, claro, já podem ser conhecidos pelos apaixonados por vinhos e viagens. A vinícola está de portas abertas, e recebe grupos de turistas a partir de agendamentos. “É um segmento muito importante, e nós estamos focando nele”, diz Agamenon Lemos de Almeida, proprietário da vinícola. Leia mais sobre enoturismo nas páginas a seguir.

A vinícola também vive um momento importante no que diz respeito a sustentabilidade. A empresa já conta com um Parque Solar com capacidade de gerar toda a energia necessária para a manutenção da vinícola. Além disso, possui uma Central de Efluentes e Líquidos e há pouco tempo construiu uma Central de Compostagem.

Ontem e hoje

A história da Vinícola Família Lemos de Almeida inicia ainda em 2005, quando seu proprietário, Agamenon Lemos de Almeida, vislumbrou que o terroir da região era favorável ao cultivo de uvas. “Em 2009 iniciamos a implantação das primeiras mudas. Em 2012 aconteceu a primeira vinificação”, conta Agamenon, que hoje tem ao lado a filha Bibiana na condução dos negócios. A fundação da vinícola aconteceu em 2016. Hoje, a empresa elabora 100% dos seus vinhos a partir de vinhedos próprios. A produção chega a 100 mil garrafas por ano. A propriedade conta com 12 hectares, nos quais são cultivadas cepas de origem francesa e portuguesa. E por falar variedades de origem portuguesa, a Vinícola Lemos de Almeida, para marcar a mudança de nome, apresenta uma linha de vinhos elaborada com as variedades Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alvarinho e Verdelho.

Enoturismo

A beleza da vila e da propriedade como um todo chama a atenção dos apaixonados por vinhos. Tanto é que o enoturismo vem recebendo investimentos constantes. A vinícola atende a grupos, sob agendamento. Ao chegar, o turista é convidado a embarcar num trem e a fazer um passeio pela história açoriana. Passeando pelos vinhedos é possível reviver história, cultura e conhecer a arte e a memória desse povo europeu, de onde a família Lemos de Almeida é originária. Um dos destaques é o Monumento aos Açores. A réplica remete a obra que homenageia, em Porto Alegre, a chegada dos primeiros 60 casais açorianos que povoaram a cidade. Traçada em linhas futuristas, a obra revisita a criação do escultor Carlos Tenius que lembra uma caravela, composta de corpos humanos entrelaçados, e leva à frente uma figura alada. O monumento na Vinícola homenageia a chegada da primeira família açoriana à região dos Campos de Cima da Serra. Outro destaque é a Capela, uma réplica da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, de Florianópolis. É ornamentada com obras pintadas em azulejo, assinadas pelo artista plástico Jesus Lima Fernandes, e exibe uma Via Sacra muito especial: 15 obras em óleo sobre tela retratadas pelo artista plástico Carlos Rigotti.

No entorno da Vinícola Família Lemos de Almeida, uma construção representa a casa de Anita Garibaldi, importante figura histórica que descende da família Ribeiro, imigrantes açorianos que se estabeleceram em Laguna, SC, no século XVIII. Além desses, há muitos outros monumentos antes de chegar a vinícola, espaço de beleza ímpar. Além de conhecer o processo de elaboração dos vinhos e espumantes, o turista tem a oportunidade de conhecer obras de arte em azulejo e em tela. Todas enfatizam memórias do vinho e a história da família. (Fotos/Artur Alexandre/Divulgação)


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