O Brasil agora tem sua sétima Indicação Geográfica de vinhos. Ontem, dia 5 de maio, o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual publicou a concessão da indicação geográfica (IG) "Campanha Gaúcha", na espécie denominação de origem (DO), para vinhos finos brancos, rosados, tintos e espumantes.
A partir da concessão, os produtores de vinhos que estiverem dentro da região demarcada e seguirem as normas contidas no regulamento de uso – denominado Caderno de Especificações Técnicas – poderão utilizar a IG em seus produtos. Esta foi concedida em nome da Associação dos Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha.
A delimitação territorial de 44.365 quilômetros quadrados abrange municípios ou distritos de: Aceguá, Barra do Quaraí, Candiota, Hulha Negra, Itaqui, Quaraí, Rosário do Sul, Santana do Livramento, Uruguaiana, Alegrete, Bagé, Piraí, José Otávio, Dom Pedrito, Ibaré, Maçambará, Bororé, Encruzilhada, Torquato Severo e Joca Tavares.
A certificação resulta na fidelização do cliente, que identificará, sob a etiqueta da Indicação de Procedência, um produto de qualidade e com características locais, peculiares a um determinado lugar. As indicações geográficas possibilitam salvaguardar características locais e regionais dos produtos, valorizando e atestando seus níveis de qualidade. É um selo de proteção garantido pelos produtores em favor dos consumidores. Quando o consumidor conhece determinadas regiões, busca produtos desses locais e passa a identificá-los.
No universo das indicações geográficas os vinhos finos brasileiros têm outras certificações, além da Campanha Gaúcha. São elas: Pinto Bandeira, Altos Montes, Monte Belo, Farroupilha, Vale do Submédio São Francisco e Vales da Uva Goethe.
O Vale dos Vinhedos já deu um passo a mais e hoje possui a certificação Denominação de Origem. O vinho fino do Vale dos Vinhedos foi o primeiro produto brasileiro a obter um registro de Indicação Geográfica. A região deu o pontapé inicial do Brasil no círculo mundial das IGs. O reconhecimento foi obtido em 2002, quando a área ficou certificada a conceder aos vinhos brancos, tintos e espumantes, que estivessem dentro dos padrões de qualidade estabelecidos pela Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), o selo de Indicação de Procedência. A partir de 2012, uma nova conquista: o reconhecimento do Vale como ‘Denominação de Origem’ (DO). Para ostentar essa classificação, os produtos devem obedecer a regras específicas em relação à produção da uva e à elaboração do vinho. Por exemplo, seu regulamento de uso, estabelece que toda a produção de uvas e processamento da bebida seja realizada na região delimitada do Vale dos Vinhedos.
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