top of page
Foto do escritorAndréia Debon

Esse café parece “chafé”



Marília Zanelato

@mariliaszanelato


Se você já viu uma xícara de café especial provavelmente já teve esse pensamento. Tudo bem, nós baristas e doidões por café estamos acostumados com essa frase.

Realmente a cor do café especial é bem diferente da cor do café tradicional que conhecemos desde que ele vem em pó, embalado a vácuo dentro daquela caixinha que custa cerca de R$10,00 no supermercado. Mas o que você não sabe é que café não é preto e nem deveria ser consumido quando se apresenta com esta coloração. O café preto que você conhece, também conhecido como café forte, está queimado. Isso mesmo. Queimou e o que ele tinha de doçura foi para o espaço. A torra escura deixa o café menos encorpado, menos ácido e mais amargo e essas características que nos confundem e nos fazem acreditar que estamos bebendo um café mais forte.


Esse café escuro do nosso dia a dia passa por um processo de torra que vai totalmente contra o que nós acreditamos. Quando torramos um café, queremos enaltecer suas características sensoriais, jamais mascará-las. O café tradicional comercializado no Brasil, naquele pacote que você conhece, tem tanta coisa que tem até café, por isso é torrado demais. É uma forma de mascarar os sabores ruins dos grãos verdes, mal formados, brocados, com fungo que estão junto com os grãos de café daquela amostra.


Infelizmente o café tradicional é assim, um café de baixa qualidade e excessivamente torrado. Além de ser uma afronta ao nosso paladar, faz mal a saúde.

De hoje em diante prefira cafés com torra média e se possível em grãos. Moer seu café na hora, evita que ele oxide e comece a liberar toxinas.


Saiba mais sobre a influência da torra e a diferença entre café especial e tradicional, nas outras colunas já publicadas aqui no Portal Bon Vivant, dentro da seção Cafés (link abaixo)

https://www.portalbonvivant.com.br/blog-1/categories/caf%C3%A9s


Foto: Rafaela Bins

0 comentário

Bình luận


bottom of page